A Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco solicitou nesta segunda-feira (12/12)
ao Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul que investigue acusação
de racismo de uma estudante que, noTwitter, atacou os nordestinos,
pedindo o uso de câmara de gás contra os nascidos na região.
ao Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul que investigue acusação
de racismo de uma estudante que, noTwitter, atacou os nordestinos,
pedindo o uso de câmara de gás contra os nascidos na região.
As mensagens foram postadas na última sexta-feira (9/12) por uma pessoa que se
identifica como Sophia Fernandes e que seria do Rio Grande do Sul.
A investigação pretende descobrir se esse perfil de usuário é verdadeiro ou apenas
um pseudônimo. Entre os comentários copiados pela OAB-PE estão alguns como:
"O twitter ta virando vaso sanitário... muita merda twittando.
(Oimacacos)-nordestinos-piauienses-cearenses..// Sai do Twitter e vai cortar tua
cana pra comprar teu arroz nordestino// Tem que usar câmara de gás pra matar teu
povo// O Nordestino é a própria sujeira."
identifica como Sophia Fernandes e que seria do Rio Grande do Sul.
A investigação pretende descobrir se esse perfil de usuário é verdadeiro ou apenas
um pseudônimo. Entre os comentários copiados pela OAB-PE estão alguns como:
"O twitter ta virando vaso sanitário... muita merda twittando.
(Oimacacos)-nordestinos-piauienses-cearenses..// Sai do Twitter e vai cortar tua
cana pra comprar teu arroz nordestino// Tem que usar câmara de gás pra matar teu
povo// O Nordestino é a própria sujeira."
Segundo o presidente da OAB-PE, Henrique Mariano, a Polícia Federal
também será acionada para investigar o caso. "Não podemos ficar omissos
diante de tanta agressão", disse ele. "Os internautas precisam ter responsabilidade,
não podem achar que as redes sociais estão à margem da lei, que são terra
de ninguém", declarou.
também será acionada para investigar o caso. "Não podemos ficar omissos
diante de tanta agressão", disse ele. "Os internautas precisam ter responsabilidade,
não podem achar que as redes sociais estão à margem da lei, que são terra
de ninguém", declarou.
De acordo com Mariano, o crime de racismo não envolve apenas ataques
provocados pela cor da pele ou etnia. "Denegrir ou segregar um povo ou um
grupo também é considerado racismo pela lei", afirmou.
provocados pela cor da pele ou etnia. "Denegrir ou segregar um povo ou um
grupo também é considerado racismo pela lei", afirmou.
No ano passado, após a eleição da presidente Dilma Rousseff, a OAB-PE
pediu ao Ministério Público Federal de São Paulo que investigasse declarações
contra os nordestinos, postadas no Twitter pela estudante de Direito
Mayara Petruso."Nordestino não é gente, faça um favor a Sp, mate um nordestino
afogado", escreveu ela no microblog, criticando o fato de a maioria dos eleitores
da região terem votado na petista.
pediu ao Ministério Público Federal de São Paulo que investigasse declarações
contra os nordestinos, postadas no Twitter pela estudante de Direito
Mayara Petruso."Nordestino não é gente, faça um favor a Sp, mate um nordestino
afogado", escreveu ela no microblog, criticando o fato de a maioria dos eleitores
da região terem votado na petista.
Após as reações, Petruso se desculpou, mas o Ministério Público a denunciou
por crime de racismo e, segundo a OAB-PE, a Justiça aceitou a denúncia.
A ação, de acordo o presidente da entidade, está em fase de instrução.
por crime de racismo e, segundo a OAB-PE, a Justiça aceitou a denúncia.
A ação, de acordo o presidente da entidade, está em fase de instrução.
A OAB-PE também atuou em outros casos parecidos, como o dos internautas que
atacaram nordestinos após um jogo entre Flamengo e Ceará e no episódio do vazamento
de parte da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), ocorrido em Fortaleza.
atacaram nordestinos após um jogo entre Flamengo e Ceará e no episódio do vazamento
de parte da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), ocorrido em Fortaleza.
Revista Consultor Jurídico, 13 de dezembro de 2011
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